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sábado, 26 de janeiro de 2013

Porque o mercado não protege a floresta


                               Porque o mercado não protege a floresta

         Porque uma sociedade anarcocapitalista (ancap) não resolveria a questão ambiental ou porque precisamos do Estado que enforce o direito ambiental:
 A lógica do mercado é feita em pequenos atores agindo independemente entre si gerando uma ordem por toda a sociedade. Fazendo uma possível analogia com a natureza seria o comportamento das divesas especies para manutenção da uma ordem sem ordenador.
 Mas para manter um ecosistema não se pode fragmentá-lo em pequenas terras como na lógica do mercado.

 2º Porque privatizar a Amazônia não vai salva-la mesmo se ONGs a comprarem:

 Muitos ancaps dizem que a privatização muitas ONGs comprariam parte da terra para cuida-la. Rodrigo Constatino, que é liberal mas não ancap, propoe essa medida no capítulo 21 de seu livro Privatize Já.
 O grande erro nessa proposta é o custo de segurança e manutenção. Constantino aponta que a ONG ambientalista Greenpeace teria a ordem de um terço da floresta. Mas o não é levado em consideração seria o custo de segurança para proteger um terço de toda o ecosistema. Esse custo seria impossível para uma grupo mantido por doações cuide de toda a área.
 Só quem teria dinheiro para pagar esses custos fixos seriam grandes empresas com atividade economica na área se manteriam. Atividade de baixo impacto como castanha não teria capacidade manter toda o ecosistema.

 3º Mas empresas de celulose cuidariam dessas terras?

 Sim, empresários tem interesse em cuidar da sua propriedade para que ela mantenha a sua produtividade no longo prazo. O problema das florestas de celulose tem baixissima biodiversidade, o que aumenta a probabilidade do surgimentos de pragas. [1]
 Mesmo se toda a área atual da Amazônia fosse preservada virando em sua totalidade área de atividade economica a biodiversidade cairia muito. O interesse dos ruralistas e fabricas de celulose não é manter especies que reduzem a produtividade da terra. Essa é a lógica (completamente válida) do mercado que pode funcionar para produção de bens, mas não para conservação de uma floresta do tamanho da amazonia.

 4º Abandono de terras sobre-exploradas:
 Em uma sociedade sem Estado e, por consequencia, sem taxa sobre terra. Como não há taxa o custo de manutenção é zero mais custos de segurança. O empresário em uma sociedade ancap não teria punição em sobre-explorar a terra, abandoná-la e investir esse capital gerado em ações, se for lucrativo faze-lo.
 O impacto dessa pratica seria literalmente devastador. As flutuações naturais do mercado levaria aos proprietários a causar danos permanentes ao solo da floresta amazonica que é naturalmente muito pobre.[2]
 O interesse do empresário em cuidar da sua propriedade se mantem, mas se for lucrativo explora-la ao máximo e depois abandoná-las, os empresários o farão.

 5º Sobre o aquecimento global:
 Não há motivo político para discutir se o fenomeno existe ou não. Engenheiros afirmam que por volta de 2030 o preço de energia solar vai ficar abaixo do custo das termeletricas. Nesse turning point o mercado vai se reconfigurar para mudar a sua matriz.

 6º Então o governo deve ficar calado frente à crescente emissão de gases do efeito estufa?
 Não, o governo pode colocar um imposto Pigou [3], taxando o carvão e subsidiando a energia solar. Além disso pode atuando reservando para do capital destinado a pesquisa para buscar novos fontes limpas ou reduzir custos das já existentes. Mesmo assim, o governo só atuaria aumentando a velocidade dos processos que já estão ocorrendo no mercado. Se o governo não agir o mercado já está combatendo o aquecimento  global, não porque são generosos mas porque tem interesse em fontes mais baratas de energia para que os custos caiam e os lucros aumentem.

 6º Então você acha que a existência do aquecimento global é irrelevante?
 Claro que não. Mas isso é um assunto para os cientistas. Políticos só podem dar, no máximo, um empurrão para o processo natural se desenvolva mais rapidamente.

Veja tambem:
 * PERC (http://perc.org/): Centro de estudos sobre a relação entre mercado e meio ambiente.
 * Cool It (http://coolit-themovie.com/): Documentário em que Bjorn Lomborg busca formas mais eficientes de resolver a questão ambiental.

 Fontes: [1] Impactos da Produção de Celulose - World Rainforest Movement
[2] http://www.brasilescola.com/brasil/o-solo-amazonia-pobre-nutrientes.htm
[3] http://www.ci.esapl.pt/jcms/materiais/Econ%20Ambiental/ApresentacaoEA6.pdf

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